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Oxigenoterapia é a terapia de administração de oxigênio além da fração inspirada em ar ambiente, que ao nível do mar é de 21%. Esta é indicada quando o paciente apresenta uma hipoxemia, ou seja, uma pressão parcial de oxigênio (PaO²) menor que 60mmHg ou uma saturação de oxigênio no sangue (SpO²) menor que 88% em ar ambiente.

Podemos verificar a saturação de oxigênio no sangue através de um aparelho específico e não invasivo chamado oxímetro ou através de uma gasometria arterial para verificarmos o desempenho pulmonar, que é um exame de sangue coletado cuidadosamente e se possível com o paciente em ar ambiente. Na gasometria conseguimos verificar outros parâmetros como a pressão parcial de gás carbônico (PCO²), bicarbonato (Bic) e o potencial hidrogeniônico (Ph), por exemplo, além da PaO² e SpO².

Podemos ofertar a oxigenoterapia através de baixo fluxo ou fluxo variável e alto fluxo ou fluxo fixo.

No baixo fluxo contamos mais comumente com o cateter nasal, a máscara comum de oxigênio e a máscara facial para macronebulização. No baixo fluxo o paciente acaba inspirando ar ambiente junto à administração de oxigênio dificultando o controle da fração de oxigênio inspirada (FiO²).

O cateter ou cânula nasal são usados com fluxos até 4L∕min. Normalmente são maleáveis e de fácil instalação, podendo o paciente se alimentar e falar normalmente sem maiores dificuldades. As máscaras são indicadas quando o paciente necessita de fluxo acima de 4L∕min. Também são maleáveis, porém são maiores e acomodadas pegando o nariz e a boca, o que dificulta para o paciente falar e se alimentar.

A máscara Venturi é uma máscara de fluxo fixo, onde conseguimos regular a FiO² do paciente através dos seus componentes devido ao orifício que possuem, pois gera-se uma pressão que é equalizada mesmo recebendo ar ambiente, mantendo um fluxo único ao paciente.

O cateter nasal consegue chegar a uma FiO²aproximada de até 42%, enquanto que as máscara podem chegar em até 60%.

É importante termos critérios ao indicar e ofertar a oxigenoterapia para um paciente, pois como toda medicação, esta também possui efeitos adversos. O uso prolongado, em altas concentrações ou administrado de forma errônea proporciona efeitos deletérios ao paciente. Seguem abaixo alguns destes:

– ressecamento das mucosas;

– atelectasia por absorção;

– estímulo respiratório diminuído;

– retenção de CO²;

– náuseas e vômitos;

– diminuição da complacência pulmonar;

– diminuição do surfactante pulmonar;

Lembro que a oxigenoterapia é uma correção sintomática e não trata a causa da queda de saturação de oxigênio no sangue, apenas repara. Logo, é importante estudar e reverter, se possível, a causa o mais brevemente para ofertarmos a oxigenoterapia no menor tempo possível.

Também é preciso atenção ao iniciar o desmame da oxigenoterapia, para que este seja gradual e sem recidivas.

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